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20/03/2013 - 03h30

Argentinos fazem vigília por Francisco

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SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

Cerca de 50 mil pessoas assistiram a missa de entronização do papa Francisco na Praça de Maio, em Buenos Aires. Ao lado da Catedral Metropolitana, onde tradicionalmente o então cardeal Bergoglio rezava missas, foi colocado um telão.

A festa no centro portenho começou na noite de segunda-feira, com uma vigília que contou com show de rock das bandas Padre César e os Pecadores e do cantor Axel, além de missas.

Durante toda a noite, camelôs vendiam imagens de Francisco impressas sobre a bandeira argentina que celebravam "o papa gaúcho", assim como bandeiras amarela e branca, as cores do Vaticano, estampas e buttons. As mesmas cores enfeitavam o Obelisco, principal monumento do centro portenho, e vários locais turísticos.

SURPRESA

Por volta das 3h30 (7h30 em Roma), o papa fez uma surpresa à pequena multidão e telefonou para a catedral.

Por meio do padre Alejandro Russo, reitor da igreja e seu amigo, enviou uma mensagem aos fiéis: "Rezem por mim, cuidem-se entre vocês, não se machuquem, que não existam os ódios, as lutas, deixem de lado a inveja."

"Deus é pai. Aproximem-se dele. E que a Virgem os bendiga muito, que ela como mãe os cuide", seguiu.

Enquanto falava, houve um silêncio profundo. Depois que a mensagem terminou, vieram aplausos e gritos.

Quando começou a cerimônia, porém, muitos fiéis reclamaram pelo fato de a mesma não ser em espanhol, e gritavam: "castelhano, por favor!".

Também foram instalados telões em outras capitais, como Rosario e La Plata, de onde a cerimônia foi acompanhada ao vivo.

Ao meio-dia, as igrejas de todo o país badalaram os seus sinos, produzindo um grande ruído, que pôde ser ouvido em todas as partes da capital argentina.

DOSSIÊ CONTRA CARDEAL

Ontem, o embaixador argentino no Vaticano, Juan Pablo Cafiero, negou duas reportagens publicadas pelo jornal econômico argentino "El Cronista", que afirmavam que o governo havia preparado e feito distribuir um dossiê para desqualificar o então cardeal Bergoglio.

O documento seria baseado em denúncias feitas pelo jornalista e assessor presidencial Horacio Verbitsky, que acusa Bergoglio de ter encoberto crimes durante a ditadura militar (1976-1983).

"É tudo uma fantasia e ante semelhantes mentiras me sinto desconsertado. É uma tentativa de prejudicar o trabalho de nossa embaixada", disse Cafiero ao jornal "La Nación."

 

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