PC chinês afirma ter feito escolha 'democrática'
Os candidatos ao Comitê Permanente, instância máxima de poder na China, foram "democraticamente recomendados" durante uma inédita enquete entre altos membros do Partido Comunista realizada em maio.
A informação é da agência estatal de notícias Xinhua.
Durante o processo, houve discussões informais, e a decisão levou em conta "o espírito de partido" dos candidatos, de acordo com a Xinhua, que não especificou o número de pessoas consultadas.
O novo comitê foi empossado anteontem em Pequim. Com o número de assentos reduzido de nove para sete assentos, os cinco nove integrantes têm idades em torno dos 65 anos e perfis considerados mais conservadores do que outros nomes cotados, mas que ficaram de fora.
Os dois membros que permaneceram são Xi Jinping, nomeado secretário-geral e chefe militar anteontem, e Li Keqiang, que deve se tornar premiê em março, quando o novo comitê assume formalmente o governo.
Por serem mais jovens, Xi e Li tendem a ficar no comitê até 2022. Os demais devem ser substituídos daqui a cinco anos por causa do limite de idade de 68 anos.
A revelação da enquete ocorre num momento em que o partido, criticado pelo sistema opaco, estuda medidas para aumentar a "democracia intrapartidária". Na semana passada, a agência Reuters informou que tanto o novo secretário-geral, Xi Jinping, quanto o antecessor, Hu Jintao, são a favor de criar processos com participação mais ampla durante o processo de escolha da liderança.
Segundo a Constituição do partido, o Comitê Permanente é escolhido pelo Comitê Central, com mais de 300 integrantes. Este, por sua vez, é indicado pelo Congresso do partido. Esses processos são realizados a cada cinco anos.
Esta é apenas a segunda vez que a China consegue realizar uma transição pacífica de sua liderança desde que o Partido Comunista tomou o poder, em 1949. Antes, apenas a passagem de poder entre Jiang Zemin e Hu Jintao, em 2002, havia sido feita de forma previsível.
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