Israel cancela visita da Unesco a Jerusalém Oriental e culpa palestinos
O governo de Israel cancelou nesta segunda-feira a visita da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para avaliar a situação do patrimônio histórico de Jerusalém Oriental. O Estado judaico culpou os palestinos pelo cancelamento da missão.
Segundo fontes do governo israelense, os palestinos não respeitaram os acordos e tomaram medidas "para politizar o evento, sem se concentrar em aspectos profissionais" e de pressionar por uma visita à Esplanada das Mesquitas, área que tem importância religiosa para judeus e islâmicos.
O local, no entanto, teve a circulação restringida para muçulmanos por Israel, sob o argumento de que o local poderia ser usado para ações terroristas e agressões a judeus. Os palestinos protestam pelo livre acesso à região.
Eles fizeram referência a uma declaração do chanceler da Autoridade Nacinal Palestina, Riyad al-Malki, como um "inquérito das medidas de ocupação" na cidade. Horas após o cancelamento, Malki afirmou que a intenção de Israel de permitir acesso a Jerusalém "não era muito convincente".
Questionada pela agência de notícias France Presse, a porta-voz da Unesco em Paris, Sue Williams, afirmou que a missão não foi anulada, mas adiada e que não havia sido marcada uma nova data. A visita da entidade havia sido marcada em 24 de abril e vistoriaria a região pela primeira vez desde 2004.
O futuro da Cidade Velha, em uma parte de Jerusalém que Israel capturou na guerra de 1967 e anexou em um movimento não reconhecido internacionalmente, é uma questão altamente sensível no coração do conflito no Oriente Médio.
O setor da Cidade Velha abriga templos reverenciados pelos muçulmanos, como o Nobre Santuário, o Domo da Rocha e a mesquita de al-Aqsa, e pelos judeus, como o Monte do Templo, local dos grandes templos judaicos bíblicos.
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