Alemanha reduz previsão para PIB, mesmo com alta nas exportações
A atividade comercial alemã subiu com força em abril, mas uma redução na perspectiva de crescimento pelo banco central do país afetou as esperanças de que a maior economia da Europa possa estar ganhando força.
As exportações subiram 1,9% e as importações cresceram 2,3%, mostraram dados da Agência Federal de Estatísticas nesta sexta-feira, oferecendo algum encorajamento a outros países da zona do euro que buscam sair da crise que afeta a região.
Mas o banco central alemão disse que, após uma melhora no segundo trimestre, a economia pode desacelerar consideravelmente, reduzindo sua estimativa de expansão em 2013 em 0,1 ponto percentual, para 0,3%. O BC também cortou sua previsão para 2014 para expansão de 1,5%, ante 1,9% anteriormente.
A previsão do Bundesbank em 2013 ficou em linha com a do Fundo Monetário Internacional, que reduziu sua estimativa para a Alemanha na segunda-feira.
A redução "deveu-se principalmente a revisões para baixo relacionadas ao ambiente externo", disse o Bundesbank, estimando que as exportações podem cair 0,8% em relação ao ano passado.
A economista da Capital Economics Jennifer McKeown classificou os dados do comércio como animadores, mas disse que uma recente alta do euro "não é boa para a Alemanha uma vez que o país exporta bastante para fora da região de moeda única".
As importações do bloco monetário subiram 5,4% em abril, mostraram os dados.
Mas o quadro geral alemão sobre importações ainda é bastante fraco devido a uma falta de investimentos, disse McKeown, por isso "qualquer esperança de que a Alemanha está prestes a fornecer um forte impulso a países periféricos (da zona do euro) é otimista demais".
O consumo privado, em meio a altas salariais, inflação moderada e desemprego baixo, foi a principal força por trás do crescimento alemão no primeiro trimestre. Mas a economia expandiu apenas 0,1%, evitando por pouco a recessão após encolher no fim de 2012.
A economia alemã, tradicionalmente voltada para as exportações, está contando com a demanda doméstica para impulsionar o crescimento uma vez que o comércio exterior deve agir como um peso neste ano, posto que a maior parte da zona do euro, para onde envia 40% de suas exportações, sofre com a recessão.
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