Malala promove projeto educacional de crianças sírias no Líbano
Malala Yousafzai, a estudante paquistanesa que sobreviveu a um ataque de talibãs, retornou nesta segunda-feira a Nova York para promover um projeto educacional para milhares de crianças sírias refugiadas no Líbano.
O projeto busca escolarizar 400 mil crianças "o quanto antes", explicou em uma coletiva de imprensa o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, enviado especial da ONU para a educação global.
O custo anual do projeto é estimado em 175 milhões de dólares (cerca de R$ 385 milhões).
O projeto, que deve ser implementado em parceria com o governo libanês, "poderá começar em breve, utilizando as escolas que já existem e os professores sírios refugiados", explicou.
Para isso, as escolas vão funcionar de "manhã, à tarde e talvez à noite", disse.
O projeto "precisa de, em média, um dólar ao dia por cada criança", explicou.
Malala Yousafzai, de 16 anos, ficou famosa ao escrever um blog para a BBC, no qual falava sobre a opressão dos talibãs e sua paixão pela escola. Como punição a seu engajamento, ela foi alvo de um atentado em 9 de outubro de 2012, quando o ônibus em que ia para o colégio foi atacado.
Ela foi atingida com um tiro na cabeça e conseguiu sobreviver, depois de ter sido tratada em um hospital do Reino Unido.
Antes da coletiva de imprensa, Malala conversou com a jovem síria Farah Haddad, que cresceu em Damasco e agora continua seus estudos nos Estados Unidos.
No dia 12 de julho, Malala fez um apelo emocionado na sede da ONU em Nova York em favor da educação para os jovens. "Nossos livros e nossos lápis são nossas melhores armas", disse ela na oportunidade. "A educação é a única solução, a educação em primeiro lugar".
Adrees Latif/Reuters | ||
Gordon Brown (centro) entre Malala Yousafzai (direita) e Farah Haddad (esquerda), em conferência em Nova York, nesta segunda |
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