Após atentados na França, EI ameaça em vídeo atacar outros países
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Reprodução de vídeo em que militantes do EI ameaçam atacar outros países após atentados na França |
A milícia radical Estado Islâmico (EI) divulgou nesta segunda-feira (16) um vídeo em que ameaça fazer ataques contra países que bombardeiam o Oriente Médio, assim como fez com a França, alvo de atentados terroristas na semana passada.
O EI reivindicou os ataques a tiros e bombas que deixaram 129 mortos e centenas de feridos em diferentes pontos da capital francesa na sexta-feira (13). Na mensagem veiculada nesta segunda, a facção ameaça atacar os Estados Unidos e países europeus envolvidos na "campanha dos cruzados" no Oriente Médio.
"Nós dizemos aos Estados que participam da campanha dos cruzados que, por Deus, vocês terão um dia, queira Deus, assim como a França e, por Deus, assim como atingimos a França no centro de seu lar, em Paris, prometemos atingir a América em seu centro, Washington", diz, no vídeo, um homem identificado como "Al-Ghareeb, o argelino"
"Eu digo aos países europeus que nós estamos chegando, chegando com armadilhas e bombas, chegando com cintos explosivos e silenciadores [de armas], e vocês serão incapazes de nos parar porque nós estamos muito mais fortes que antes", acrescenta o militante.
Referindo-se às negociações internacionais sobre a guerra civil na Síria, outro militante, identificado no vídeo como "Al-Karrar, o iraquiano", diz que os radicais "escolheram negociar" com o presidente francês, François Hollande, "nas trincheiras, não em hotéis".
A autenticidade do vídeo não pôde ser verificada. As imagens parecem ter sido gravadas por combatentes do EI na província iraquiana de Salahuddine, ao norte de Bagdá.
O governo francês considerou os ataques de sexta-feira "um ato de guerra" e disse que a ação não encerraria seus ataques aéreos, iniciados em setembro, contra posições do EI na Síria e no Iraque.
No domingo (15), a França fez sua principal ofensiva militar contra o EI, realizando 20 bombardeios contra centros do EI em Raqqa, considerada a capital da milícia em território sírio.
Nesta segunda-feira, a polícia francesa ampliou sua busca por suspeitos de envolvimento com os ataques em Paris e prendeu dezenas de pessoas.
Além da França, participam dos ataques aéreos contra o EI no Oriente Médio Estados Unidos, Austrália, Canadá, França, Jordânia, Marrocos, Reino Unido, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Bahrain, Qatar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos. A Rússia iniciou em setembro uma campanha independente de bombardeios na Síria a pedido do ditador sírio, Bashar al-Assad.
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