ONU revê mar territorial da Argentina e admite disputa pelas ilhas Malvinas
Natacha Pisarenko/Associated Press | ||
Maquete reproduz o formato das ilhas Malvinas no museu dedicado ao arquipélago em Buenos Aires |
A ONU aceitou neste mês um pedido da Argentina para ampliar a plataforma continental do país e, com isso, reconheceu que existe uma disputa pelas Ilhas Malvinas.
A expansão da plataforma, ou seja, da área do solo submarino que pode ser explorada, inclui as regiões das Malvinas, Ilhas Geórgias do Sul e Sandwich do Sul —todas do Reino Unido e reivindicadas pela Argentina—, além de uma porção da Antártida. A administração das ilhas, no entanto, continua com os britânicos.
Essa foi a primeira vez que o órgão internacional reconheceu o conflito entre a Argentina e o Reino Unido. "Até então, a Argentina sempre esteve muito sozinha nessa disputa", diz o diplomata argentino Andrés Cisneros, que ocupou o cargo equivalente a secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores entre 1992 e 1996.
A solicitação para ampliação da plataforma havia sido feita em 2009 pelo governo de Cristina Kirchner.
O governo do atual presidente, Mauricio Macri, porém, comemorou a medida. O atual número dois do Ministério de Relações Exteriores, Carlos Foradori, afirmou que a conquista não decorre do trabalho de um governo, mas de uma política de Estado.
Susana Malcorra, responsável pela pasta, acrescentou que foram reafirmados os direitos de soberania sobre a plataforma, incluindo os recursos minerais.
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