Obama diz que ataque em Orlando é fruto de extremismo doméstico
O presidente Barack Obama afirmou nesta segunda (13) que o ataque à boate LGBT Pulse, em Orlando, que deixou ao menos 50 mortos na véspera, é fruto do crescimento do "extremismo doméstico".
Não há evidência de que o atirador Omar Mateen tenha agido sob comando de uma rede terrorista, apesar de o Estado Islâmico ter reivindicado a ação , disse Obama.
"Parece que o atirador se inspirou em várias informações extremistas disseminadas na internet", afirmou.
O ataque pode ser ato de um atirador solitário, e não parte de um plano terrorista maior, segundo Obama.
O mandatário voltou a criticar o acesso facilitado a armas nos Estados Unidos.
Segundo o FBI, o atirador pode ter sido inspirado por "organizações terroristas" estrangeiras, disse nesta segunda-feira o chefe do FBI, James Comey.
"Há fortes indicações de radicalização por parte deste assassino e de possível inspiração em organizações terroristas estrangeiras", disse o diretor do FBI a repórteres.
Obama lembrou de outros atentados caseiros desconectados com a fé muçulmana, como o extermínio de nove pessoas numa igreja numa comunidade negra de Charleston, Carolina do Sul, em 2015.
Segundo a polícia, no começo do ataque, Mateen ligou ao 911 (serviço de emergência), jurou lealdade ao Estado Islâmico e louvou outro atentado terrorista, na maratona de Boston, três anos antes.
Horas depois, uma rádio ligada à facção islâmica disse que ele era "um de seus soldados".
O ataque em Orlando gerou uma série de debates políticos na mídia dos EUA. Além do posicionamento de Obama, os prováveis candidatos à Presidência, Donald Trump e Hillary Clinton, falaram sobre o atentado.
O republicano Trump acusou a rival democrata, Hillary, de não ter coragem de usar o termo "Islã radical", o que ela acabou fazendo.
Ao lamentar o atentado, Hillary fez menções diretas ao perfil da boate, LGBT. Trump, não.
As respostas de Trump e Hillary ao mais mortífero homicídio em massa na história moderna dos Estados Unidos são um estudo sobre os contrastes entre os dois virtuais candidatos à Presidência -um dos quais em breve estará liderando um país que teme o terrorismo, a violência armada e a interseção muitas vezes impiedosa entre as duas coisas.
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