Malásia acusará por homicídio duas suspeitas de matar irmão de ditador

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O procurador-geral da Malásia afirmou nesta terça-feira (28) que as duas mulheres detidas sob suspeita de terem matado o meio-irmão do ditador da Coreia do Norte serão acusadas de homicídio e podem ser condenadas à pena de morte.

A vietnamita Doan Thi Huong e a indonésia Siti Aishah foram presas dias após o ataque a Kim Jong-nam no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, ocorrido no dia 13. A autópsia confirmou que ele foi morto com gás VX, agente químico que integra a lista da ONU de armas de destruição em massa. O tempo de ação do gás foi de cerca de 20 minutos.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos acreditam que Kim Jong-nam foi alvo de um assassinato orquestrado pela Coreia do Norte. Crítico ao regime do meio-irmão Kim Jong-un, ele vivia no exílio no território chinês de Macau.

A Coreia do Sul pediu "medidas coletivas" da comunidade internacional contra a Coreia do Norte, incluindo uma eventual suspensão do assento de Pyongyang nas Nações Unidas.

Para Seul, os países-membros podem invocar a violação da Convenção de Armas Químicas, pacto assinado em 1993 por quase todos os países do mundo —a Coreia do Norte não foi um deles.

O ministro sul-coreano de Relações Exteriores, Yun Byung-se, afirmou que "o recente assassinato é um sinal de alerta a todos nós da capacidade das armas químicas da Coreia do Norte e sua intenção de usá-las".

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