Após 20 anos de prisão, soldado que matou sete meninas israelenses é solto
Muhammad Hamed - 7.ago.2012/Reuters | ||
Ahmad Dakamseh condenado por ter matado sete estudantes israelenses, na prisão de Um Alluol |
Um soldado jordaniano que matou sete meninas israelenses em excursão escolar à Jordânia, em 1997, foi libertado neste domingo (12), após cumprir 20 anos de prisão, anunciou à AFP um membro de sua família.
"Autoridades libertaram Ahmad Dakamseh. Agora, ele é um homem livre", declarou seu primo Mohammed Yahya Dakamseh.
Dakamseh, 46, deixou a prisão de Bab al-Hawa, em Irbid, a 90 km da capital, Amã. Ele voltou para casa acompanhado por dezenas de carros, segundo vídeos publicados em redes sociais.
Em março de 1997, quando tinha 26 anos, Dakamseh, pai de três filhos, atirou com uma arma automática contra um grupo de meninas israelenses que participavam de uma excursão escolar à Jordânia, matando sete delas e ferindo outras cinco e uma professora.
Dakamseh foi condenado à pena perpétua, o que equivale na Jordânia a, no máximo, 20 anos de prisão.
Em seu julgamento, Dakamseh disse que atirou porque as meninas zombaram dele enquanto rezava.
Em Israel, a imprensa noticiou a libertação, citando a dor das famílias das vítimas: "Esta manhã nos transporta a esta jornada horrível de 20 anos atrás", declarou Hezi Cohen, pai de uma das meninas assassinadas, ao site "Ynet".
"Quem disse que amanhã ele não realizará um novo ataque, matando mais israelenses?", questionou Orit Cohen, irmã de Keren Cohen, outra vítima.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis