EUA investigam ex-funcionários da CIA por vazamento de informações
Carolyn Kaster - 13.abr.2016/Associated Press | ||
Símbolo da CIA e a bandeira norte-americana no quartel-general da agência, em Langley, Virgínia |
Autoridades americanas que investigam o vazamento recente do Wikileaks sobre ferramentas de espionagem da CIA estão se concentrando em ex-funcionários da agência de inteligência que ficaram descontentes depois de perderem seus empregos, segundo reportagem do "Wall Street Journal" publicada neste domingo (12).
No começo deste mês, o WikiLeaks divulgou 9 mil arquivos secretos da CIA que revelavam um suposto sistema de espionagem de usuários da internet por meio de celulares, TVs e até carros. O vazamento foi um golpe duro contra a CIA, porque deixou vulnerável a divisão da agência encarregada em desenvolver "armas" cibernéticas.
A publicação dos documentos secretos pelo site fundado por Julian Assange deu origem a uma investigação detalhada para se determinar como essas informações teriam vazado da agência.
O WikiLeaks disse que obteve as informações de pessoas que prestavam serviços à CIA, e Assange acusou a agência de ter sido pouco cuidadosa.
Os investigadores se concentraram inicialmente em uma equipe reduzida de desenvolvedores de software, que, supostamente, tinham permissão para acessar arquivos de alta segurança e trabalharam com a CIA em projetos de hacking (invasão de sistemas para obter dados sem autorização), segundo o jornal.
Citando fontes não identificadas, o Wall Street Journal assinala que alguns prestadores de serviço que trabalhavam para a agência podem ter ficado descontentes, principalmente depois de alguns cortes de vagas.
O envolvimento de prestadores de serviço não seria uma surpresa, uma vez que, em ocasiões anteriores, responsáveis por vazamentos também eram especialistas contratados pela agência.
Em 2013, Edward Snowden, empregado da Agência de Segurança Nacional (NSA), vazou documentos sobre como os Estados Unidos vigiavam as comunicações dos cidadãos e espionavam aliados do país.
No caso da divulgação de milhares de páginas de comunicações diplomáticas que lançou o WikiLeaks à fama em 2010, a fonte foi Chelsea Manning, então analista de inteligência do Exército americano.
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