Assessora sugere que Obama pode ter espionado Trump de diversas formas

ISABEL FLECK
DE WASHINGTON

Kellyanne Conway, uma das principais assessoras do presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu em entrevista divulgada na noite de domingo (12) que o governo Obama pode ter usado diferentes formas de espionagem sobre a Trump Tower, em Nova York, inclusive com "aparelhos de micro-ondas que se transformam em câmeras".

"O que eu posso dizer é que há muitas formas de espionar o outro hoje, infelizmente. Um artigo na última semana mostrava como uma pessoa pode ser espionada pelo seu telefone, certamente pela sua televisão -de várias formas. Inclusive por aparelhos de micro-ondas que se transformam em câmeras", respondeu ao ser questionada pelo repórter do jornal "The Record", de Nova Jersey, sobre o que sabia sobre as acusações de espionagem à Trump Tower.

A declaração logo virou motivo de piada nas redes sociais. "Finalmente alguém resolveu falar abertamente sobre os micro-ondas espiões e o complô secreto para gravar Trump –mais conhecido como Operação Hot Pocket", escreveu o internauta Keith Meloy, com referência a alimentos de preparo em micro-ondas.

Na manhã desta segunda-feira (13), Conway disse ter sido mal interpretada. "Eu não estava sugerindo [que isso ocorreu] na Trump Tower", afirmou ao programa "Good Morning America", da rede ABC.

"A resposta é que eu não tenho nenhuma prova [da espionagem] e estou muito feliz que o comitê de inteligência da Câmara está investigando", completou Conway, no programa desta manhã.

Segundo a CNN, termina nesta segunda-feira (13) o prazo para que o Departamento de Justiça entregue ao comitê da Câmara documentos que comprovem as acusações feitas por Trump de que seu antecessor teria espionado a Trump Tower antes das eleições.

Por meio de um assessor, Obama negou que tenha espionado o republicano. O ex-diretor de inteligência nacional James Clapper também refutou as declarações de Trump.

A pressão para que o presidente apresente provas que justifiquem as duras acusações contra o antecessor tem crescido nos últimos dias.

No domingo, o senador republicano John McCain disse que Trump "tem duas opções: se desculpar ou oferecer as informais que o povo americano merece".

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