Se Macron vencer os animais morrem, diz Brigitte Bardot, que vota em Le Pen
Eric Feferberg - 27.set.2007/AFP | ||
A atriz francesa Brigitte Bardot declarou apoio a Le Pen e criticou política ambiental de Macron |
'EU TENHO MEDO'
Brigitte Bardot, imortalizada por filmes como "E Deus Criou a Mulher" e ativista dos direitos dos animais, pediu que eleitores não votem em Emmanuel Macron porque ele seria "frio". "Se ele vencer, os animais morrem", disse a atriz, criticando a política ambiental do centrista. Bardot apoia Marine Le Pen.
QUEM NÃO TEM CÃO...
Benoît Hamon, candidato do governista Partido Socialista à Presidência, afirmou nesta quarta (3) que o voto no centrista Emmanuel Macron é "um ato difícil, mas uma escolha óbvia". Hamon recebeu 6,4% dos votos.
DESFALQUE
Sem as duas siglas tradicionais da França –o Partido Socialista e os Republicanos– no segundo turno, a França enfrenta uma falta de mesários, já que são os filiados das duas agremiações que conduzem as votações. O município de Marselha teve que pedir ajuda a voluntários para conseguir abrir suas 480 seções no domingo.
'VIEL GLÜCK'
A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a romper o protocolo segundo o qual governantes estrangeiros não escolhem candidatos para apoiar Emmanuel Macron. Ao jornal "Kölner Stadt-Anzeiger", de Colônia, ela disse que a vitória do centrista seria positiva "porque ele representa políticas pró-Europa". A adversária Marine Le Pen defende que a França deixe a União Europeia.
RELÓGIO
O formato do debate presidencial francês é diferente do brasileiro. Os candidatos podem se interromper. O controle é feito com um cálculo de tempo, com relógios exibidos abaixo de suas bancadas —com os quais têm direito a intervir mais tarde.
IMAGEM NEGATIVA
A divisão da tela na TV para mostrar um candidato ouvindo enquanto o outro falava foi objeto de longa negociação entre os responsáveis pela transmissão e as equipes dos candidatos, preocupadas com as caras que eles fariam enquanto fossem atacados.
REPETECO
A existência de um só debate de segundo turno –e o primeiro com candidato da direita radical (Jacques Chirac se negou a debater com Jean-Marie Le Pen em 2002) deixou os meios de comunicações franceses excitadíssimos durante toda a quarta-feira, com direito à repetição em rádios de "melhores momentos" de debates com Valéry Giscard d'Estaing, Ségolène Royal e o atual presidente, François Hollande.
INTELIGÊNCIA
Sete dos principais especialistas franceses em combate ao terrorismo apoiaram nesta quarta a candidatura de Macron. Será um empurrão, em uma eleição marcada pelos debates sobre a segurança. Em uma carta, eles criticaram as propostas de Le Pen de endurecer as medidas emergenciais. "É o nosso país que ela está colocando em risco."
LEGISLATIVAS
Uma pesquisa publicada pela OpinionWay nesta quarta prevê que o movimento Em Frente! de Macron tenha mais cadeiras que os demais nas eleições legislativas de junho: entre 249 e 289 assentos. Partidos conservadores e de centro teriam entre 200 e 210. A Frente Nacional ficaria com entre 15 e 25.
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