Trump diz que poderá tomar decisão rápida sobre novo chefe para o FBI
Brendan Smialowski/AFP | ||
Presidente americano Donald Trump a bordo do Air Force One |
O presidente americano, Donald Trump, disse neste sábado (13) que agirá rapidamente para designar um novo diretor do FBI, após a controversa demissão de James Comey, que ainda gera críticas em Washington.
O governo de Trump –envolvido em uma controvérsia que aumentou com a demissão súbita e suas diferentes explicações sobre suas razões– entrevistará os quatro primeiros candidatos para o posto neste sábado.
"Podemos tomar uma decisão rápida", disse Trump aos repórteres a bordo do avião presidencial Air Force One.
A Casa Branca não fixou um prazo para o processo de substituir Comey.
Trump descreveu os candidatos que são considerados para o posto como "gente de destaque", "muito conhecida" e "do mais alto nível".
Neste sábado, o procurador-geral Jeff Sessions e seu adjunto Rod Rosenstein entrevistarão o diretor interino do FBI, Andrew McCabe, o senador (republicano) do Texas John Cornyn, o ex-procurador federal Michael Garcia e a ex-procuradora geral adjunta Alice Fisher, indicou o jornal "The New York Times", citando fontes próximas às reuniões.
A designação de um novo diretor do FBI que seja independente da Casa Branca será esquadrinhada enquanto Trump enfrenta uma avalanche de críticas por demitir Comey, que estava encarregado de uma investigação criminal sobre os possíveis laços de sua equipe de campanha com a Rússia.
CANDIDATOS
McCabe, que fez carreira como agente no FBI, participou de muitas investigações de alto nível, incluindo a dos atentados na maratona de Boston em 2013 e o ataque contra o consulado americano em Benghazi, na Líbia, em 2012.
Nesta semana, McCabe contradisse Trump, ao declarar a senadores que Comey tinha grande apoio dentro das fileiras do FBI, e que o caso da suposta interferência russa nas eleições americanas era uma "investigação altamente significativa".
Cornyn, o número dois do Partido Republicano no Senado, foi procurador-geral do Texas antes de ser eleito senador, em 2002.
Garcia foi número dois do Serviço de Imigração e Controle Alfandegário e procurador-geral sob o ex-presidente George W. Bush.
Fisher liderou a divisão criminal da procuradoria-geral sob Bush.
Outros candidatos são o ex-delegado da polícia de Nova York Raymond Kelly, a ex-senadora republicana Kelly Ayotte e o legislador da Carolina do Sul Trey Gowdy, um ex-procurador geral que liderou a investigação do ataque em Benghazi na Câmara de Representantes.
O designado por Trump deve ser confirmado pelo Senado, onde os democratas e alguns republicanos criticaram a demissão de Comey.
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