Três são baleados em ataque em local sagrado de Israel; atiradores morrem
Ammar Awad/Reuters | ||
Equipe forense trabalha no Monte do Templo, em Israel, onde atirador foi morto pela polícia |
Três atiradores árabes-israelenses abriram fogo contra a polícia, na manhã desta sexta-feira (14), próximo ao Monte do Templo, local sagrado de Jerusalém. Eles mataram dois agentes e logo depois foram mortos a tiros por outros policiais.
De acordo com a polícia, os agressores fizeram o ataque perto do Portão do Leão, um dos acessos à área da Cidade Velha. Eles tinham uma pistola, dois rifles e uma faca. As autoridades israelenses investigam agora como o grupo conseguiu passar por uma revista de segurança para chegar com as armas.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ordenou o fechamento do Monte do Templo (onde está o Muro das Lamentações, e as orações muçulmanas de sexta-feira foram canceladas.
A decisão causou indignação entre os palestinos, pois o local também abriga a mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, duas construções dentre as mais sagradas para o islamismo.
O grão-mufti (máxima autoridade religiosa) de Jerusalém, Mohammad Hussein, conclamou os muçulmanos a desafiarem a ordem. Um assessor de Hussein disse que ele teria sido detido no Monte do Templo, mas o governo israelense não confirmou.
Os locais sagrados para o islã em Jerusalém são administrados pela Jordânia, e a custódia foi reafirmada no acordo de paz assinado entre Israel e o país árabe em 1994.
Uma onda de ataques palestinos nas ruas começou em 2015. Ao menos 255 palestinos e um jordaniano morreram desde o começo das agressões. Israel diz que ao menos 173 destes foram mortos enquanto realizavam algum ataque, outros em confronto ou em protestos. Do outro lado, 38 israelenses, dois turistas americanos e um estudante britânico foram assassinados em ataques com facas, tiros e atropelamentos.
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