Afeganistão se tornará cemitério para EUA se tropas não saírem, diz Taleban

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar nova estratégia para o Afeganistão, o grupo radical islâmico Taleban afirmou que o país vai se tornar um "novo cemitério" caso os norte-americanos não retirem suas tropas rapidamente.

Nesta segunda (21), Trump não especificou quantos militares enviará ao Afeganistão ou quando os EUA vão retirar as suas tropas. Antes contrário da presença americana no território afegão, o presidente diz agora considerar que uma retirada apressada dos militares pode fortalecer grupos extremistas.

"Se os EUA não retirarem suas tropas, o Afeganistão se tornará em breve um cemitério para esta superpotência do século XXI", afirmou em comunicado o porta-voz dos Taleban no Afeganistão, Zabiullah Mujahid.

Um comandante do Taleban disse à agência de notícias France Presse que Trump se limita a perpetuar a "conduta arrogante" dos ex-presidentes americanos, como George W. Bush. 

"Simplesmente estão desperdiçando soldados americanos. Sabemos como defender o nosso país", disse o militar. Segundo ele, a nova estratégia "não vai mudar nada" em relação à situação da região.

Atualmente, há 8.400 militares americanos no Afeganistão. O envio de novas tropas é uma demanda do Pentágono, que considera uma piora da situação de segurança e o avanço de grupos terroristas no país.

REAÇÕES

Nesta terça, a OTAN (aliança militar ocidental) elogiou o discurso de Trump e afirmou que não permitirá o fortalecimento de grupos terroristas.

"Nosso objetivo é garantir que o Afeganistão não se transforme novamente em um refúgio para terroristas que atacariam nossos próprios países", afirmou o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, em comunicado.

Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, disse acreditar que a nova estratégia não trará benefícios ao Afeganistão, segundo a agência de notícias Reuters.

Crédito: PRESENÇA NO AFEGANISTÃOPrevisão de retirada americana do país era em 2016; ocupação já dura 16 anos

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