Chanceleres latino-americanos vão discutir Venezuela em Nova York
Beto Barata/Presidência da República | ||
Trump recebeu Temer, os presidentes de Colômbia e Panamá e a vice-presidente da Argentina |
Na sequência do jantar com Donald Trump em paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas nesta segunda, chanceleres dos países da América Latina presentes no encontro —Brasil, Colômbia, Panamá e Argentina— devem se reunir nesta semana em Nova York para discutir a crise na Venezuela.
Num encontro no luxuoso hotel Lotte New York Palace, o presidente americano quis ouvir sugestões mais concretas de líderes da região para afrontar a ditadura de Nicolás Maduro e devolver o país à ordem democrática.
Michel Temer disse depois do jantar com Trump que houve um consenso entre os países presentes que a saída para o caos na Venezuela depende de soluções "verbais, diplomáticas", indicando que nem os Estados Unidos nem os latino-americanos defendem uma "intervenção externa" contra Caracas.
O presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, também disse que o caminho a ser seguido é diplomático. Seu país, por exemplo, passou a exigir vistos de venezuelanos na tentativa de controlar o fluxo de refugiados do regime de Maduro.
Essas declarações de Temer e Varela contrastam, no entanto, com o que disse Trump no mesmo jantar, onde afirmou que os Estados Unidos "estão preparados para tomar ações adicionais se o governo da Venezuela insistir no caminho para impor o autoritarismo ao povo venezuelano".
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