Liberianos votam para escolher sucessor de Ellen Johnson Sirleaf

Crédito: Issouf Sanogo/AFP Liberianas esperam para votar em Monróvia, capital do país
Liberianas esperam para votar em Monróvia, capital do país

DA FRANCE PRESSE

Mais de dois milhões de liberianos comparecem às urnas nesta terça-feira (10) para escolher o sucessor de Ellen Johnson Sirleaf, primeira mulher eleita chefe de Estado na África, em uma eleição que deve consolidar a democracia em um país ainda atormentado pela guerra civil.

Além do novo presidente –o primeiro em 70 anos que sucederá pacificamente outro também eleito–, os liberianos também votam para renovar a Câmara dos Representantes.

Os locais de votação permanecerão abertos das 5h às 15h no horário de Brasília e os primeiros resultados devem ser divulgados em um prazo de 48 horas, segundo a Comissão Eleitoral.

Se um candidato não conquistar a maioria absoluta dos votos no primeiro turno, os dois primeiros colocados disputarão o segundo turno presidencial.

O senador George Weah, ídolo do futebol africano e derrotado por Sirleaf em 2005, o vice-presidente Joseph Boakai, o advogado e veterano político Charles Brumskine e os poderosos empresários Benoni Urey e Alexander Cummings são os nomes mais fortes para chegar ao segundo turno, de acordo com analistas.

Vinte candidatos disputam a presidência.

Após dois mandatos consecutivos, Sirleaf, de 78 anos e premiada com o Nobel da Paz em 2011, não pode disputar a presidência novamente.

Em um discurso na segunda-feira, Sirleaf citou "um dia histórico para nossa nação e a consolidação da jovem democracia liberiana".

Ela pediu aos compatriotas que observem o "caminho percorrido", que permitiu passar de uma "sociedade destruída pela guerra a uma das democracias mais vivas da África ocidental", em referência às violentas guerras civis que abalaram o país entre 1989 e 2003, com um balanço de 250.000 mortos.

Independente do vencedor, as eleições representam um "teste crucial para o processo democrático na Libéria", afirmou Maria Arena, líder da missão de observadores da União Europeia.

"Uma transição pacífica de um presidente eleito para outro não é importante apenas para a Libéria, mas também um exemplo para a região", disse.

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