Rohingya sofrem estupros em série de militares birmaneses, diz relatório

DA REUTERS

Um relatório da ONG Human Rights Watch divulgado nesta quinta-feira (16) acusa as forças de segurança de Mianmar de cometer estupros em série contra mulheres e meninas da minoria rohingya como parte de uma campanha de limpeza étnica.

A organização, com sede em Nova York, entrevistou 52 mulheres e garotas rohingya, das quais 29 disseram ter sido estupradas que 28 delas foram vítimas de estupros coletivos.

"Estupro tem sido uma ferramenta importante e devastadora da campanha militar birmanesa de limpeza étnica contra os rohingya", disse Skye Wheeler, pesquisadora da Humans Rights Watch e autora do estudo.

Cerca de 600 mil rohingya fugiram de Mianmar para Bangladesh desde o final de agosto, quando começou a campanha militar contra a minoria muçulmana.

A ação teve início depois que um grupo rohingya fez uma série de ataques contra postos policiais.

Desde 1982, os rohingyas não são reconhecidos como cidadãos de Mianmar. Majoritariamente budistas, os birmaneses alegam que os rohingyas são uma etnia implantada durante a colonização britânica, que trouxe muitos trabalhadores de Bangladesh.

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