Indignados, ex-parceiros em ONG tentam isolar preso na Venezuela

Crédito: Reprodução O gaúcho Jonatan Moisés Diniz, 31, estava preso na sede do Sebin, a polícia política do chavismo
O gaúcho Jonatan Moisés Diniz, 31, estava preso na sede do Sebin, a polícia política do chavismo

DIEGO ZERBATO
DE SÃO PAULO

Depois da declaração de Jonatan Moisés Diniz de que teria premeditado sua prisão na Venezuela, as pessoas que se associaram ao ativista para fundar a ONG Time to Change the Earth avaliam como manter as atividades de filantropia sem ele.

Os participantes do encontro de quarta-feira (10) em Balneário Camboriú (SC) em que foi mostrado um vídeo no qual Diniz assume ter "provocado" a própria detenção afirmam que só souberam do teor da gravação no momento de sua veiculação.

Antes do começo da reunião com jornalistas, eles disseram que Diniz tinha uma "bomba", sem revelar do que se tratava.

A Folha apurou que o vídeo foi enviado no momento em que a imprensa fazia perguntas. Diniz estava ligado a um aplicativo de mensagens durante todo o encontro —o que permitiria que fizesse uma videoconferência.

Embora ele estivesse divulgando a ONG em sua viagem à Venezuela, a instituição ainda não existia oficialmente. A decisão de Diniz de usar a marca que fundou não foi refutada pelos colegas de ONG.

Três deles disseram que preparam declarações para se desvincular de Diniz. A preocupação é maior entre os que moram em Balneário Camboriú, de 135 mil habitantes.

Participante das negociações para a libertação do ativista, a Comissão de Direitos Humanos da OAB local considerou a declaração dele "egoísta, vaidosa, irresponsável, desnecessária e desrespeitosa" com quem colaborou para sua soltura.

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