Reino Unido vai criar unidade para combater notícias falsas

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DA REUTERS

O Reino Unido irá criar uma unidade para reforçar seus esforços de conter as chamadas "fake news" (notícias falsas) e para tentar impedir campanhas de desinformação lideradas por outros países, afirmou um porta-voz da premiê Theresa May nesta terça-feira (23).

May acusou anteriormente a Rússia de interferir em eleições e a mídia estatal russa de plantar notícias falsas e imagens manipuladas numa tentativa de prejudicar instituições ocidentais.

A Rússia nega ter interferido em eleições como estrangeiras como o referendo do 'brexit' –a saída do Reino Unido da União Europeia– em junho de 2016 e as eleições presidenciais dos EUA em 2016.

Crédito: Daniel Leal-Olivas - 17.jan.2018/AFP A premiê britânica, Theresa May
A premiê britânica, Theresa May

O anúncio foi feito após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, que aprovou as conclusões de uma revisão abrangente das capacidades britânicas de responder a uma variedade de ameaças.

"Estamos vivendo em uma era de notícias falsas e narrativas concorrentes", disse o porta-voz. "O governo irá responder com mais e melhor uso das comunicações de segurança nacional para lidar com esses desafios complexos e interligados."

"Vamos acrescentar às existentes capacidades uma unidade de comunicação de segurança nacional. Sua tarefa será combater a desinformação de atores estatais e outros. Ela irá mais sistematicamente deter nossos adversários e nos ajudar a entregar nossas prioridades de segurança nacional."

O porta-voz não deu detalhes de como a unidade iria operar ou onde ficaria baseada. Questionado sobre que tipo de atores estatais o governo britânico estava preocupado, ele fez referência a discursos anteriores feito por ministros sobre o assunto.

Parlamentares britânicos que conduziram um inquérito separado demandaram informações do Facebook sobre quaisquer atividades pagas por contas ligadas à Rússia sobre o referendo do 'brexit' e as eleições britânicas de 2017.

A questão de se e quanto a Rússia interveio nas eleições presidenciais americanas de 2016 está sendo alvo de uma investigação em Washington.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou no início deste mês que iria modificar a legislação de imprensa do país para combater a disseminação das notícias falsas nas mídias sociais, o que ele disse considerar uma ameaça às democracias liberais.

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