Governo saudita diz ter recuperado R$ 334 bi em operação anticorrupção

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da Arábia Saudita anunciou nesta terça-feira (30) que recuperou o equivalente a US$ 106 bilhões (R$ 334 bilhões) através de acordos com dezenas de pessoas acusadas na operação anticorrupção feita em novembro do ano passado.

"O valor estimado recuperado é superior a 400 bilhões de riais [R$ 334 bilhões], representados em diversos tipos de bens, incluindo imóveis, empresas comerciais, ações e dinheiro", afirmou o xeique Saud Al Mojeb, procurador-geral do país.

Caso a quantia seja de fato recuperada, poderá ajudar a economia do país, que atualmente enfrenta problemas devido a queda no preço do petróleo e tem um déficit previsto de R$ 164 bilhões para 2018.

Crédito: Katie Paul29.jan.2017/Reuters Saudi Arabian billionaire Prince Alwaleed bin Talal sits for an interview with Reuters in the office of the suite where he has been detained at the Ritz-Carlton in Riyadh, Saudi Arabia January 27, 2018, REUTERS/Katie Paul ORG XMIT: SA103
Alwaleed bin Talal durante entrevista na suíte onde esteve detido no Ritz-Carlton, em Riad

O anúncio também é uma vitória do príncipe herdeiro Muhammad bin Salman, idealizador da operação anticorrupção, que previu que a ação recuperaria cerca de US$ 100 bilhões (R$ 316 bilhões).

O valor poderá ser ainda maior, já que cerca de 60 pessoas ainda continuam detidas e podem fazer acordo —na semana passada, eram 95 presos. A estimativa é que desde novembro, cerca de cem pessoas já tenham sido liberadas.

No total, 381 pessoas foram intimadas no processo, incluindo réus e testemunhas.

Segundo a agência de notícias Reuters, não há mais nenhuma pessoa detida no hotel de luxo Ritz-Carlton, em Riad, que inicialmente foi usado como prisão para os principais nomes detidos. Todas as pessoas presas no local ou entraram em acordo e foram liberadas ou foram transferidas para outros locais.

Entre os soltos recentemente estaria o príncipe Alwaleed bin Talal, um dos principais empresários do país, presidente da Kingdom Holding Company, que tem investimentos em Twitter, Lyft, Apple e outras grandes empresas ocidentais.

Não foi divulgado, porém, se ele fez um acordo ou quanto teria pago ao governo.

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