O governo da Arábia Saudita anunciou nesta terça-feira (30) que recuperou o equivalente a US$ 106 bilhões (R$ 334 bilhões) através de acordos com dezenas de pessoas acusadas na operação anticorrupção feita em novembro do ano passado.
"O valor estimado recuperado é superior a 400 bilhões de riais [R$ 334 bilhões], representados em diversos tipos de bens, incluindo imóveis, empresas comerciais, ações e dinheiro", afirmou o xeique Saud Al Mojeb, procurador-geral do país.
Caso a quantia seja de fato recuperada, poderá ajudar a economia do país, que atualmente enfrenta problemas devido a queda no preço do petróleo e tem um déficit previsto de R$ 164 bilhões para 2018.
O anúncio também é uma vitória do príncipe herdeiro Muhammad bin Salman, idealizador da operação anticorrupção, que previu que a ação recuperaria cerca de US$ 100 bilhões (R$ 316 bilhões).
O valor poderá ser ainda maior, já que cerca de 60 pessoas ainda continuam detidas e podem fazer acordo —na semana passada, eram 95 presos. A estimativa é que desde novembro, cerca de cem pessoas já tenham sido liberadas.
No total, 381 pessoas foram intimadas no processo, incluindo réus e testemunhas.
Segundo a agência de notícias Reuters, não há mais nenhuma pessoa detida no hotel de luxo Ritz-Carlton, em Riad, que inicialmente foi usado como prisão para os principais nomes detidos. Todas as pessoas presas no local ou entraram em acordo e foram liberadas ou foram transferidas para outros locais.
Entre os soltos recentemente estaria o príncipe Alwaleed bin Talal, um dos principais empresários do país, presidente da Kingdom Holding Company, que tem investimentos em Twitter, Lyft, Apple e outras grandes empresas ocidentais.
Não foi divulgado, porém, se ele fez um acordo ou quanto teria pago ao governo.
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