Descrição de chapéu Governo Trump

Assessores de Trump defendem chefe de gabinete criticado

John Kelly foi alvo de críticas pela forma como lidou com suspeito de abuso

Trump ao lado do seu chefe de gabinete, John Kelly, em reunião na Casa Branca
Trump ao lado do seu chefe de gabinete, John Kelly, em reunião na Casa Branca - Yuri Gripas - 5.out.17/Reuters
Washington | Reuters

Assessores de Donald Trump passaram o domingo (11) tentando aplacar rumores de que o presidente dos EUA busca substituto para seu chefe de gabinete, o general John Kelly, após surgirem dúvidas quanto à forma como ele lidou com acusações a um subordinado por abuso.

Kellyanne Conway, principal conselheira de Trump, afirmou que o presidente lhe pediu para deixar claro que ele apoia Kelly no caso envolvendo ser secretário de pessoal Rob Porter, que pediu demissão na quarta (7) após suas duas ex-mulheres terem dito que sofreram abuso.

Sua saída repentina provocou questionamentos sobre quanto tempo a equipe do presidente levou para tomar medidas a respeito do caso —a imprensa americana relata que Kelly foi informado das alegações em novembro.

"Ele tem total confiança em seu chefe de gabinete, o general John Kelly, e não está procurando um substituto", disse ela em entrevista em um programa da TV ABC.

Dois dias após a saída de Porter, outro funcionário da Casa Branca, o redator de discursos David Sorensen, pediu demissão diante de alegações de violência de sua ex-mulher. Tanto Porter quanto Sorensen negam a acusação.

O escândalo estoura à luz de meses de denúncias e acusações de assédio e agressão sexual contra pesos-pesados do entretenimento, da política e dos negócios nos EUA.

Kelly, até agora, recebeu o ônus do caso Porter, segundo uma fonte da Reuters familiarizada com o caso, e chegou a oferecer sua renúncia, mas ela foi rejeitada.

Marc Short, assessor de Trump para temas do Congresso, negou que Kelly tenha sugerido renunciar e afirmou que o trabalho do chefe de gabinete —que nos EUA funciona como o do ministro da Casa Civil— é notável.

O diretor do Orçamento, Mick Mulvaney, afirmou que os rumores vêm de gente desgostosa por ter perdido acesso ao presidente após a chegada do general, em julho. "É muito barulho por nada", afirmou à Fox News.

Segundo Mulvaney, Trump e Kelly estão "tristes" com as acusações. "Dar a Porter o benefício da dúvida é uma reação humana [do presidente e do assessor]", afirmou.

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