A polícia recomendou o indiciamento do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, em uma investigação de corrupção, relatou nesta terça-feira (13) a imprensa local.
Netanyahu ainda não é formalmente acusado, mas a recomendação complica o premiê.
A polícia investiga há meses dois casos envolvendo o primeiro-ministro. Em um deles, que ficou conhecido como "Caso 1.000", Netanyahu teria recebido mais de US$ 100 mil em presentes do bilionário israelense Arnon Milchan, um dos maiores produtores de Hollywood. Entre os mimos estariam charutos, joias e bebidas para o premiê e sua mulher, Sara.
O "Caso 2.000" diz respeito a conversas que Netanyahu teria mantido com o publisher de um influente jornal israelense para pedir cobertura positiva do governo em troca de limitar a atuação de um veículo rival.
Netanyahu, que está no poder desde 2009, tem negado irregularidades e se descreve como vítima de uma "caça às bruxas" política.
Em um pronunciamento à TV israelense nesta terça, o premiê afirmou que a recomendação da polícia é "sem fundamento" e que "nada virá das investigações" contra ele.
Agora, o procurador-geral vai analisar a conclusão da polícia e decidir se acusa o premiê -- não há, contudo, prazo para fazê-lo.
Por lei, Netanyahu não precisa renunciar caso seja indiciado. Mas a pressão pública e precedentes podem levá-lo a isso.
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