Professor e aluno morreram ao proteger colegas de atirador

Ambos seguraram porta para estudantes fugirem, mas acabaram atingidos por balas

Com velas nas mãos, alunos da escola Marjory Stoneman Douglas se confortam em vigília em Parkland nesta quinta-feira
Com velas nas mãos, alunos da escola Marjory Stoneman Douglas se confortam em vigília em Parkland nesta quinta-feira - Brynn Anderson - 15.fev.2018/Associated Press
Washington

Professores que protegiam seus alunos e estudantes com bolsa de estudos e premiações nacionais estão entre as vítimas do ataque a tiros que matou 17 pessoas em uma escola em Parkland, na Flórida, na quarta (14).

A lista das vítimas ainda não foi divulgada oficialmente pelas autoridades, mas familiares e amigos noticiaram as mortes em redes sociais.

Uma das vítimas é de Scott  Beigel, 35, professor de geografia na Marjory Stoneman Douglas. Segundo os relatos de sobreviventes, ele abriu a porta para um grupo de alunos entrar na sala, a fim de se protegerem do atirador. Enquanto tentava trancar a porta, acabou morto por Nikolas Cruz, 19, que invadiu a escola com um fuzil AR-15.

"Ele trancou a porta novamente para que ficássemos seguros, mas não teve a mesma chance", disse Kelsey Friend, uma das alunas, à CNN.

O mesmo fez o aluno Peter Wang, 15, outro morto no tiroteio: segurou a porta para outros colegas fugirem, e acabou atingido por uma bala.

Carmen Schentrup estava no último ano do ensino médio. No ano anterior, fora semifinalista da Medalha Nacional do Mérito Escolar nos EUA. Seu colega de turma, Nicholas Dworet, havia recebido uma bolsa para a Universidade de Indianápolis. Ele também foi morto.

Outras 14 pessoas continuam internadas. Duas delas estavam em condição crítica nesta quinta-feira (15).

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