Reunião de Macri e Tillerson termina sem decisão sobre Venezuela 

Secretário de Estado dos EUA se encontrou com líder argentino em Buenos Aires

Buenos Aires

Num encontro a portas fechadas e sem declarações à imprensa ao final, o presidente argentino, Mauricio  Macri, recebeu na residência oficial de Olivos, em Buenos Aires, o secretário de Estado dos EUA, Rex  Tillerson.

Segundo a assessoria de imprensa da chancelaria, os principais temas tratados foram a crise institucional venezuelana —que teria tomado o maior espaço de tempo dentro da reunião—, a organização da reunião do G20 que ocorre no segundo semestre em Buenos Aires e a participação de ambos os países na Cúpula das Américas, em abril, em Lima, além de temas relacionados ao comércio bilateral.

Não houve anúncios concretos, ainda que, em reunião no domingo (4) com o chanceler Jorge Faurie e outros ministros, Tillerson afirmou que trataria com os líderes latino-americanos de "formas de acelerar o fim da crise na Venezuela", e que entre as opções estudadas estavam sanções por meio da interrupção da compra de petróleo por parte dos Estados Unidos.

Ambos teriam expressado temor diante das consequências da crise humanitária deste país e seu impacto nos países vizinhos e na região.

Tillerson também teria enviado cumprimentos a Macri por parte de Trump e elogiado a gestão do mandatário argentino.

ELEIÇÕES

O encontro entre Rex Tillerson e Macri aconteceu em meio à expectativa em relação à data da eleição presidencial. No fim de semana, Maduro pediu ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que a marcasse nesta segunda-feira (5).

A diretoria do CNE está em reunião, mas não se manifestou até o momento. A imprensa local dizia que a data só seria anunciada após o encontro desta segunda das negociações entre o regime chavista e a oposição.

A rodada de diálogo, porém, foi suspensa. No início da noite, Maduro não mencionou a eleição em uma entrevista em Caracas. O ditador disse não temer sanções dos EUA à indústria petroleira venezuelana.

"Se [Tillerson] quer declarar um embargo petroleiro, a Venezuela superará qualquer ameaça e qualquer embargo, e continuaremos a vender petróleo ao mundo. Há muita gente no mundo pronta para comprar nosso petróleo."

Com informações de São Paulo

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