Agora se sabe que o misterioso trem que chegou a Pequim na noite de segunda (26) transportava o líder norte-coreano Kim Jong-un.
Com 21 vagões pintados de verde oliva, com janelas de vidros escuros para esconder a identidade dos passageiros, ele ostentava os traços característicos dos veículos à prova de balas que os desconfiados líderes da Coreia do Norte costumam escolher como meio de transporte.
Estima-se que o líder da Coreia do Norte disponha de pelo menos 90 vagões de alta segurança para seu uso. De acordo com um relatório da época do Kim Jong-il, o pai de Kim, três trens operam a cada vez que o líder viaja: o de guarda avançada, transportando seguranças; o do líder; e um terceiro, carregando guarda-costas adicionais e suprimentos.
Todos os vagões são à prova de balas, o que os torna mais pesados que os comuns. O peso adicional resulta em velocidade baixa. Acredita-se que atinjam no máximo de 60 km/h.
Foram construídas 20 estações na Coreia do Norte para uso pessoal de Kim Jong-il, segundo o relatório.
Corria o boato de que Jong-il tinha medo de voar, e que preferia viajar em seu trem, equipado com tecnologia moderna de comunicações e dotado de equipe habituada a seus caprichos.
"Era possível pedir qualquer prato da culinária russa, chinesa, coreana, japonesa e francesa", escreveu Konstantin Pulikovsky, que acompanhou Kim Jong-il em viagem pela Rússia em 2011.
Kim insistia em que lagostas vivas e outras iguarias frescas fossem entregues ao trem enquanto este cruzava a Sibéria. Caixas de vinho de Bordeaux e da Borgonha eram transportadas de avião de Paris para abastecê-lo.
Se estivesse entediado, Kim recorria a "comissárias cantoras", que o ninavam em coreano e russo.
Não se sabe o que Jong-un faz em termos de alimentação e entretenimento de bordo, mas o apetite dele é sabidamente comparável ao do pai. Diz-se que prefere queijo suíço, champanhe Cristal e conhaque Hennessy.
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