Acnur pede a países vizinhos que recebam e deem assistência a venezuelanos

Órgão de refugiados da ONU recomenda a governos que concedam vistos e direito a trabalho

Refugiados indígenas venezuelanos dormem em redes em um abrigo de Boa Vista (RR), em estado de emergência devido ao fluxo de estrangeiros
Refugiados indígenas venezuelanos dormem em redes em um abrigo de Boa Vista (RR), em estado de emergência devido ao fluxo de estrangeiros - Mauro Pimentel/AFP
São Paulo

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) pediu nesta semana aos países vizinhos da Venezuela que liberem a entrada e forneçam assistência às pessoas que fogem da crise no país comandado por Nicolás Maduro.

Em nota, a organização recomenda que os governos “permitam uma permanência legal aos venezuelanos, com as salvaguardas adequadas”, por meio de vistos de proteção, residência temporária ou humanitários.

“Fornecer proteção internacional é consistente com o espírito de solidariedade internacional, da qual os países da região das Américas, incluindo a Venezuela, têm uma longa trajetória”, diz o Acnur.

Como padrões mínimos, cita a permanência legal dos venezuelanos, independentemente da forma como entraram, a concessão dos vistos de forma simples e barata e o acesso aos mesmos direitos de outros estrangeiros.

“Estes direitos incluem: acesso à assistência médica, acesso à educação, união familiar, liberdade de circulação, acesso a albergue e direito ao trabalho. Estes direitos se garantiriam de forma igualitária e não discriminatória.”

O Acnur também orienta os governos a construir abrigos e a cumprir a promessa de não deportar os refugiados de volta para a Venezuela, além de pedir o combate à violência provocada por xenofobia e racismo.

A declaração é feita semanas depois que Brasil e Colômbia reforçaram a segurança nas fronteiras e restringiram a entrada dos venezuelanos. Nos dois países imigrantes foram atacados por moradores locais ou outros estrangeiros.

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