A ativista palestina Ahed Tamini, 17, aceitou nesta quarta-feira (21) um acordo com a promotoria pelo qual vai passar oito meses presa por ter agredido um militar israelense.
Segundo o acordo feito por seu advogado com a promotoria militar, ela irá se declarar culpada de quatro acusações, entre elas de ter dado um tapa na cara de um soldado de Israel na Cisjordânia —a adolescente participava de um protesto após seu primo ter sido ferido por uma bala de borracha durante uma manifestação.
O caso, que aconteceu no fim de 2017, foi gravado e compartilhado pelas redes sociais, transformando Tamimi em símbolo da causa palestina.
Ela foi detida pouco depois pela polícia israelense e segue presa desde então. Não está claro se o período que ela já passou na prisão será descontado da pena.
O acordo foi feito durante uma sessão fechada do julgamento de Tamimi e ainda precisa ser aprovado pelo tribunal militar que cuida do caso.
O advogado da garota já tinha declarado que os promotores militares tinham oferecido o acordo. Segundo o jornal Haaretz, o Exército israelense pressionava para que a questão fosse resolvido rapidamente, pois considerava que a repercussão internacional do caso prejudicava a imagem do país.
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