Cinco policiais são presos após morte de 68 pessoas em prisão na Venezuela

O vice-diretor local está entre os investigados por um incêndio no centro de detenção

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Caracas | AFP

Cinco policiais foram presos na Venezuela por suposta responsabilidade na morte de 68 pessoas durante um incêndio em um centro de detenção da cidade de Valência, no estado de Carabobo, informou neste sábado (31) o procurador-geral Tarek William Saab.

Familiares em frente ao centro de detenção em Carabobo, Venezuela
Familiares em frente ao centro de detenção no Estado de Carabobo, Venezuela - Xinhua

Os agentes pertencem ao Comando da Polícia do Estado de Carabobo, onde ocorreu a tragédia na quarta-feira passada (28). Entre os detidos, está o vice-diretor da sede policial.

Segundo a Procuradoria, 68 pessoas morreram no incêndio no Comando da Polícia de Carabobo. Entre as vítimas, havia duas mulheres que visitavam o presídio. 

Nesta sexta-feira (30), alguns dos mortos foram enterrados em valas coletivas no cemitério central de Valencia, uma cidade industrial. 

De acordo com a ONG Una Ventana a la Libertad, de defesa dos direitos dos presos, as chamas foram iniciadas por um grupo de detentos que planejavam uma fuga.

O Escritório de Direitos Humanos da ONU reivindicou uma investigação rápida e completa e também pediu a Caracas que conceda indenizações aos familiares das vítimas.

O diretor da ONG, Carlos Nieto, culpou o governo pelas mortes, ao apontar o confinamento nesse e em outros centros de detenção.

Os réus não deveriam passar mais de 48 horas nesses locais, mas, na prática, permanecem meses. A ONG estima em 400% a superlotação nessas instalações.

Por meio de uma nota, o governo brasileiro lamentou o "incidente que causou a morte de 68 pessoas (...) e estende suas condolências aos familiares das vítimas".

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