A escola onde estuda Barron, o filho mais novo de Donald Trump, assinou um documento que defende um aumento no controle de armas no país, indo de encontro às ideias defendidas pelo presidente americano.
A Escola Episcopal St. Andrew's foi uma das mais de cem instituições de ensino da região de Washington que participaram da elaboração de uma carta aberta sobre a questão.
O documento, endereçado aos congressistas e ao presidente Trump, foi divulgado nesta quarta (14), durante a onda de protestos de estudantes contra a violência nas escolas.
No aniversário de um mês do massacre de Parkland, que deixou 17 mortos na Flórida, milhares de alunos foram às ruas para pedir que as autoridades aprovem novas regras que restrinjam a venda de armas.
Na carta, as escolas diz que os professores não devem receber armas para defender os alunos, uma das principais medidas defendidas por Trump. Em vez disso, o documento pede um "robusto sistema de registro e de checagem de antecedentes" e a restrição na venda de fuzis. Sugere ainda um fortalecimento dos serviços de saúde para pessoas com problemas mentais.
Logo após o massacre na Flórida, Trump chegou a afirmar que apoiaria algumas medidas de restrição, como o fim da venda de fuzis e o aumento da idade mínima para 21 anos. Porém, após encontros com a NRA (Associação Nacional do Rifle, o grupo de lobby pró-armas) ele voltou atrás e descartou as mudanças.
Trump não comentou a carta assinada pela escola do filho.
A St. Andrew's, que é privada, fica na cidade de Potomac, no estado de Maryland, a cerca de 40 minutos de carro da Casa Branca. Barron, 11, é o caçula de Trump e o único filho do presidente com sua atual mulher, Melania.
Ele estuda no local desde meados do ano passado —a primeira-dama atrasou sua mudança para Washington em seis meses para que o filho pudesse concluir o ano escolar de 2016-2017 no colégio onde já estudava, em Nova York.
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