Ex-líder catalão escapa de pedido de prisão na Finlândia e vai para Bélgica

Se for extraditado por Bruxelas, pode ser condenado a 25 anos de prisão pela justiça espanhola

Barcelona e Helsinki | Reuters

Diante da possível prisão pelas autoridades finlandesas, que agiam com um mandado internacional de detenção emitido pela Espanha, o ex-líder catalão Carles Puigdemont deixou a Finlândia rumo à Bélgica, disse um parlamentar finlandês neste sábado (24).

Ex-líder catalão Carles Puigdemont participa de uma reunião de seu partido em Bruxelas, na Bélgica, em 14 de março de 2018.
Ex-líder catalão Carles Puigdemont participa de uma reunião de seu partido em Bruxelas, na Bélgica, em 14 de março de 2018. - Eric Vidal/REUTERS

Puigdemont foi na sexta-feira (23) para a Bélgica, onde planeja colaborar com as autoridades sobre o pedido da Espanha de extradição, afirmou o parlamentar Mikko Karna, que recebeu o líder catalão durante sua viagem de dois dias à Finlândia. 

Se retornar à Espanha, Puigdemont pode ser condenado a 25 anos de prisão, sob acusações de rebelião e sedição por sua participação na organização do referendo sobre a independência da região, no ano passado.

Mais cedo no sábado, a polícia finlandesa havia dito que tinha recebido a ordem de prisão e  iniciaria o processo normal de extradição, pois acreditava que Puigdemont ainda estava no país . 

Em uma entrevista à rádio Catalunya, o advogado de Puigdemont, Jaume Alonso-Cuevillas, havia afirmado que seu cliente estaria preparado para se apresentar à polícia finlandesa. 
 

Puigdemont saiu da Espanha para um auto-exílio na Bélgica no ano passado, pouco depois de o parlamento catalão fazer uma declaração simbólica de independência da Espanha. Ele chegou à Finlândia na última quinta-feira (22) para se encontrar com parlamentares e participar de uma conferência. 

Na última sexta-feira (23), o juiz espanhol da suprema corte Pablo Llarena determinou que 25 políticos separatistas, incluindo Puigdemont, seriam julgados por rebelião, apropriação indevida de fundos ou desobediência ao Estado.

Destes 25, cinco foram presos na sexta-feira antes de seus julgamentos, entre eles Jordi Turull, um aliado próximo a Puigdemont. Turull passaria por uma segunda eleição neste sábado para se tornar o próximo presidente regional da Catalunha.

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