Greve e atos contra reforma do funcionalismo registram confronto na França

Manifestantes são contra proposta de Macron de mudar regras do serviço publico do país

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Paris | Associated Press e Reuters

Policiais e manifestantes entraram em confronto em diferentes cidades da França nesta quinta-feira (22), durante os protestos que acontecem em todo o país contra as reformas do serviço público propostas pelo presidente Emmanuel Macron.

Diversas categorias também entraram em greve para participar dos atos, incluindo professores, funcionários do sistema ferroviário e aeroportuários —30% dos voos que passavam por Paris foram cancelados e 13% das escolas amanheceram fechadas. A produção de energia também foi afetada.  

Policiais observam manifestantes em Paris durante protesto contra as reformas de Macron
Policiais observam manifestantes em Paris durante protesto contra as reformas de Emmanuel Macron - Gerard Julien/AFP

A capital francesa foi uma das cidades que registrou embate entre os manifestantes e os agentes de segurança, assim como Nantes, onde a polícia usou bombas de gás e canhões de água para dispersar a multidão. 

No resto do país a maior parte dos atos não teve violência. 

Foi a primeira vez que Macron enfrentou uma greve geral do funcionalismo público desde que chegou ao poder, em maio do ano passado. 

Os manifestantes são contrários a sua proposta que prevê um corte de 120 mil vagas no funcionalismo até o fim de 2022 através de demissão voluntária e da criação de um mecanismo de pagamento por produtividade. 

O presidente também propôs uma série de mudanças na SNCF, a estatal ferroviária, incluindo o fim de empregos vitalícios, do aumento anual de salários e da aposentadoria antecipada. 

Os principais sindicatos do país se opõe às propostas e convocaram a paralisação e os atos desta quinta. Os trabalhadores da SNCF já aprovaram também uma greve de três meses que começará em abril. O restante do funcionalismo ainda não definiu quais serão os próximos passos.

Macron, que já conseguiu aprovar mudanças da legislação trabalhista  e tenta fazer o mesmo com a previdência, tem afirmado que pretende continuar com as alterações do sistema público apesar dos protestos. Pesquisas mostram que a maioria dos franceses apoia a greve desta quinta, mas também é favorável a reforma.   

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