Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, a ativista Malala Yousafzai, 20, voltou nesta quinta-feira (29, noite de quarta no Brasil) ao seu natal Paquistão pela primeira vez desde que foi alvo de um ataque do Taleban em 2012.
Malala recebeu a honraria em 2014 por sua defesa da educação para as meninas em seu país, um dos motivos para que ela tenha sido baleada na cabeça por extremistas que a atingiram enquanto entrava em um ônibus escolar em 9 de outubro de 2012.
A chegada dela ao aeroporto de Islamabad foi registrada pelo canal de TV Geo. Na última sexta (23), ela, que agora mora no Reino Unido, disse sentir saudades da terra natal ao comentar o Dia Nacional do Paquistão.
“Neste dia, eu relembro as boas coisas de casa, de jogar críquete [esporte mais popular do país] nos terraços e de cantar o hino nacional na escola.”
Logo depois de sobreviver ao ataque, Malala foi levada para território britânico para passar por cirurgia. O Taleban paquistanês, que tomou controle do vale de Swat, onde ela morava, em 2009, reivindicou a ação dias depois.
Assim como outros grupos extremistas islâmicos, como o nigeriano Boko Haram, o movimento fechou escolas para meninas e impôs interpretação radical da sharia, a lei islâmica, impedindo a educação para mulheres.
Sem poder voltar ao Afeganistão após ter se recuperado, Malala mudou-se para o Reino Unido, criando sua ONG e dando apoio a grupos pelos direitos da educação feminina no Paquistão e em países da África e do Oriente Médio.
No ano passado, ela recebeu bolsa para estudar na Universidade de Oxford.
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