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O guarda que tomou voluntariamente o lugar de um refém durante cerco a supermercado no sudoeste da França na sexta-feira (23) morreu, disse o ministro do Interior francês, Gerard Collomb.

Arnaud Beltrame, 44, se ofereceu para ocupar o lugar de uma mulher na loja Super U, na cidade de Trèbes, invadida por um atirador identificado como Redouane Lakdim. O Estado Islâmico afirma ser autor do ataque. 

Durante a ação, Beltrame deixou seu celular em operação, para que a polícia do lado de fora do supermercado pudesse acompanhar o que estava acontecendo. Depois de ouvir um tiro, a loja foi invadida e o atirador, morto.

 Beltrame, que serviu no Iraque, foi levado às pressas ao hospital após ser ferido a tiros, mas não resistiu. Outras três pessoas morreram no ataque e 16 ficaram feridas, segundo o governo.

"Ele morreu como um herói", disse o presidente Emmanuel Macron em um comunicado pouco antes do amanhecer de sábado (24). 

Redouane Lakdim, um cidadão francês de 25 anos nascido em Marrocos, morava em Carcassonne, não muito longe de Trèbes, uma cidade tranquila de cerca de 5.000 pessoas, perto das montanhas dos Pireneus que dividem a França e Espanha.  

Lakdim era conhecido pelas autoridades por tráfico de drogas e outros pequenos crimes, mas também estava sendo monitorado pelos serviços de segurança entre 2016 e 2017 por ligações com o movimento radical salafista, disse o promotor de Paris, François Molins.

O ataque começou quando Lakdim atirou em um grupo de policiais e nos ocupantes de um carro que ele roubou, nos arredores de Carcassonne. Depois, ele seguiu para o supermercado. 

O presidente Macron disse que os serviços de segurança estão investigando se a autoria do atentado realmente foi do Estado Islâmico.  

A polícia afirma, também, que prendeu, durante a madrugada, um suspeito de 17 anos que é amigo de Lakdim e teria conexão com o atentado.