Regime admite ter reduzido ritmo de reformas econômicas em Cuba

Segundo chefe de abertura, erros de regulação e preocupação com desigualdade levaram à queda

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Homem espera em fila à direita de uma vitrine de doces em uma padaria cooperativa de Havana; acima da estante, latas de refrigerante e uma garrafa de água; ao fundo, estantes com cestas com pães especiais e uma mulher cobrando uma conta em uma caixa registradora
Consumidores esperam na fila de uma padaria feita em cooperativa em Havana; regime reconhece ter reduzido ritmo de reformas econômicas em Cuba - Alexandre Meneghini - 21.mar.2018/Reuters
Havana | Reuters

O Partido Comunista de Cuba admitiu nesta terça-feira (27) uma redução e erros na implementação nas reformas de abertura econômica impulsionadas pelo ditador Raúl Castro, que deve deixar o comando da ilha em abril.

O comitê central da sigla única, porém, defendeu a continuidade da atualização da economia centralizada. “Apesar dos erros e insuficiências reconhecidas por este plenário, a situação é mais favorável que anos atrás”, disse Raúl.

De acordo com o chefe das reformas, Marino Murillo, o número de trabalhadores autônomos passou de 190 mil para 580 mil entre 2011 e 2014, mas o ritmo diminuiu nos últimos anos devido à complexidade do processo.

Ele também elenca como fatores erros de regulação, falta de apoio financeiro e de participação do Estado. O partido também admitiu ter reduzido o ritmo das reformas, segundo o regime, para não aumentar a desigualdade.

O congelamento nas licenças, feito no ano passado sob a justificativa de melhorar mecanismos de monitoramento e cobrança de impostos, frustrou muitos cubanos que desejavam a atualização do modelo econômico.

Por outro lado, o regime não alterou a proibição à importação e exportação de produtos por privados e voltou atrás em relação às mudanças no setor agrícola ao fixar preços, destinar recursos estatais e controlar a distribuição.

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