Um dos principais shopping centers de Moscou, o Okhotni Riad, foi esvaziado na tarde deste sábado (17) por causa de uma ameaça de bomba. Uma instalação subterrânea adjacente ao metrô de mesmo nome, o centro de compras fica ao lado do Kremlin.
Até aqui não há informação se foi um trote, como os mais de 3.000 que já ocorreram no país desde o ano passado. O país tem um histórico extenso de ataques terroristas, principalmente de militantes islâmicos do Cáucaso, contrários ao domínio russo sobre a região.
Para adicionar tensão à situação, a Rússia promove neste domingo (18) sua eleição para presidente, e a segurança está reforçada perto de pontos turísticos da capital.
PRISÕES
Em evento não relacionado à ameaça de bomba, policiais detiveram um número ainda incerto de observadores eleitorais a serviço da rede de Alexei Navalni, o blogueiro e líder oposicionista que prega um boicote à eleição por ter sido barrado pela Justiça Eleitoral —com uma condenação em processo que chama de fraude, ele foi impedido de concorrer.
Há relatos de prisões em Novokuznetsk, São Peterburgo, Voronej, Sochi, Tiumen e Kemerovo. O motivo não está claro, mas Navalni explicitou nos últimos dias que seus ativistas, responsáveis pelos atos contra o governo no ano passado, os maiores atos desde 2012, iriam fazer campanha pelo boicote em seções eleitorais, além de fiscalizar denúncias de violações e fraudes.
O comparecimento é o principal objetivo do governo de Vladimir Putin, presidente que será reeleito neste domingo. O Kremlin gostaria de ver entre 60% e 70% dos 110,8 milhões de eleitores comparecendo às urnas para dar uma sinalização de controle político e legitimidade. Em 2012, no mais recente pleito, o índice ficou em 65%.
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