Suspeito de plantar bombas no Texas gravou vídeo antes de se explodir

Arquivo encontrado no celular de Mark Conditt explica fabricação de sete artefatos

Policiais fazem patrulha em bairro de Pflugerville, no Texas - Tom Reel/The San Antonio Express-News/Associated Press
Pflugerville (Texas) | Reuters

O suspeito por ter plantado diversas bombas no Texas gravou um vídeo de 25 minutos em seu celular antes de se explodir, afirmou a polícia nesta quinta-feira (22).

Mark Conditt, 23, morador do subúrbio de Pflugerville, próximo a Austin, detalhou nos vídeos como produziu as sete bombas identificadas até agora —cinco que explodiram, uma que não detonou e a que o matou.

Mas, segundo a polícia, o vídeo não explica a motivação dos ataques ocorridos nas últimas três semanas.

"Ele não menciona nada sobre terrorismo, nada sobre ódio. Em vez disso, é um clamor de um jovem muito debilitado, falando sobre os desafios em sua vida pessoal", afirmou o chefe da polícia de Austin, Brian Manley. "Eu o classificaria [o vídeo] como uma confissão."  

Conditt, que não tinha passagem pela polícia, matou duas pessoas e feriu cinco com sua campanha, que começou no dia 2 de março.

Com base nas buscas feitas na casa do suspeito e no vídeo, as autoridades agora dizem que não há risco de haver outras bombas e que a população está segura. 

A polícia recuperou uma lista de alvos, com endereços para novos ataques, disse o jornal Los Angeles Times. 

O vídeo também não explica a razão pela qual indivíduos ou endereços foram escolhidos como recipientes das bombas, afirmou Manley.

Conditt provavelmente gravou o vídeo entre as 21h e as 23h (horário local) da terça-feira.

Nele, Conditt diz acreditar que a polícia "está chegando muito perto". Naquele momento, as autoridades estavam de fato emitindo um pedido de prisão contra o rapaz. 

Na quarta de manhã, a polícia havia localizado Conditt em um hotel e esperava a chegada das unidades táticas para fazer a prisão, mas Conditt fugiu.

Ele foi perseguido, mas se explodiu antes de uma aproximação da polícia. 

"Isso nunca poderia ser chamado de um final feliz, mas é um bom final para as pessoas desta comunidade e do estado do Texas", disse Margaret Moore, promotar do condado de Travis. 

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