Trump assina memorando que limita presença de trans nas Forças Armadas

Documento prevê que aqueles que precisem de medicamentos ou cirurgia não devam servir

Cartaz de manifestante diz que "direitos dos trans são direitos humanos", em protesto em Nova York - Carlo Allegri - 26.jul.2017/Reuters
Washington | Reuters

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (23) um memorando que impede que alguns indivíduos transgêneros sirvam nas Forças Armadas, mas dá às armas espaço para implementar políticas.

O memorando diz que transgêneros com históricos de disforia de gênero, definido como "aqueles que possam requerer tratamento médico substancial, incluindo medicamentos ou cirurgia", devem ser desqualificados dos serviço militar "exceto em determinadas circunstâncias".

O documento acrescenta que secretarias de defesa e de segurança interna "podem exercer sua autoridade pra implementar quaisquer políticas apropriadas relativas ao serviço militar por indivíduos transgênero". 

A Casa Branca afirma que o secretário da Defesa, Jim Mattis, determinou que indivíduos com histórico de disforia de gênero apresentam um risco à eficácia militar. 

"Essa nova política irá permitir aos militares que apliquem padrões bem estabelecidos de saúde física e metal igualmente para todos os indivíduos que queiram juntar-se e lutar pela melhor força militar que o mundo jamais viu", diz. 

A decisão de Trump é menos restritiva do que seus comentários em um post no Twitter de julho do ano passado sugeriram. Na mensagem, ele disse que proibiria que transgêneros servissem, revertendo uma política adotada pelo ex-presidente Barack Onama. 

Na época, Trump afirmou que as Forças Armadas "não poderiam ser sobrecarregadas pelos tremendos custos médicos e pela perturbação que o transgênero no Exército traria". 

Uma série de juízes federais emitiram decisões impedindo a proibição, dizendo que provavelmente ela violaria o direito, que consta da Constituição americana, à proteção igual perante a lei. 

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