Agência da ONU reabre investigação contra brasileiro por assédio

Caso tinha sido arquivado por falta de provas; reabertura foi pedida pelo secretário-geral

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Genebra | Associated Press e AFP

A agência da ONU responsável pelo combate a Aids anunciou nesta segunda-feira (30) que reabriu nesta segunda-feira uma investigação de assédio sexual contra seu vice-diretor, o brasileiro Luiz Loures

O caso envolve uma denúncia feita por uma funcionária da própria Unaids, Martina Brostrom. Ela disse ter sido assediada no elevador por Loures quando os dois estavam em um hotel em Bancoc, na Tailândia, para uma conferência em maio de 2015. 

Luiz Loures, vice-diretor da Unaids, durante evento em Nova York
Luiz Loures, vice-diretor da Unaids, durante evento em Nova York - Monica Schipper - 20.set.2017/Getty Images/AFP

A investigação inicial, concluída em setembro de 2017, não encontrou indícios suficientes e foi arquivada. Mas diversas pessoas, incluindo a própria Brostrom, criticaram o modo como o processo foi conduzido. 

Por isso, a Unaids disse que o diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Ghebreyesus, requisitou que o caso fosse reaberto. 

A investigação, desta vez, será conduzida pela própria ONU —a anterior, foi feita pela OMS. 

A agência disse em nota que o caso foi reaberto a pedido do secretário-geral da ONU, António Guterres, "à luz de novas acusações contra o doutor Loures".

A Unaids não especificou quais são essas novas acusações, mas em março a rede de TV americana CNN fez uma matéria em que, além da própria Brostrom, outras duas mulheres também disseram ter sido assediadas pelo brasileiro. 

Procurados pela agência de notícias AFP, os advogados de Brostrom afirmaram que ela não tem confiança na ONU para conduzir uma investigação independente. 

Loures nega as acusações. Ele anunciou em fevereiro que não buscaria um novo mandato e que iria deixar a agência no fim de abril —esta segunda é seu último dia no cargo.    

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