Israel diz que confronto com 16 mortos não foi 'festival de Woodstock'

Presidente turco diz que ataque foi desumano e chama premiê de Israel de 'terrorista'

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Jerusalém e Gaza | AFP

 O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, rejeitou neste domingo (1º) pedidos para abrir uma investigação em relação à morte de 16 palestinos por militares durante ato palestino na sexta-feira (30) na fronteira entre Gaza e Israel.

Ele afirmou o protesto "não foi o festival de Woodstock"

O Hamas, o grupo palestino dominante em Gaza, afirmou que cinco dos mortos eram membros do seu braço armado. Israel disse que 8 dos 15 pertenciam ao Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel e o Ocidente, e outros dois vieram de outras facções militantes.

Mais de mil pessoas ficaram feridas durante os confrontos.

Israel enfrenta críticas de organizações de defesa dos direitos humanos pelo uso de armas de fogo na sexta-feira, o dia mais violento no conflito israelense-palestino desde a guerra de 2014.

Os palestinos acusaram os soldados israelenses de atirar contra manifestantes que não representavam nenhuma ameaça.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, defenderam uma investigação "independente e transparente" sobre os fatos.

Este domingo começou calmo na região, apesar de a fronteira, ao longo dos seus 65 km, ainda ter palestinos que participaram da Marcha dos Cem Mil acampados. 

Lieberman rejeitou críticas às ações de Israel, dizendo que soldados ao longo da fronteira na faixa de Gaza "merecem uma medalha" por terem feito o que era necessário para proteger a fronteira.  "Não vai existir comissão de investigação. Não teremos tal coisa aqui. Não vamos cooperar com nenhuma comissão de investigação", disse.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,também respondeu neste domingo domingo ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que chamou de "ataque desumano" o provocou a morte de 16 palestinos.

"O exército mais ético do mundo não vai receber nenhuma lição de moral moral de alguém que bombardeia os civis de modo indiscriminado há vários anos", escreveu Netanyahu no Twitter.

Pouco depois, Erdogan retomou as críticas e acusou Netanyahu de ser um "terrorista".

"Hey, Netanyahu! Você é um ocupante. E é como um ocupante que você está nestas terras. E ao mesmo tempo você é um terrorista", disse o presidente turco em um discurso em Adana, sul do país.

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