O homem que aterrorizou a Califórnia, acusado de matar 12 pessoas e estuprar 45 mulheres ao longo das décadas de 1970 e 1980, pode estar, enfim, atrás das grades.

Homens do FBI, a polícia federal americana, anunciaram em Sacramento, a capital do estado da costa oeste, que encontraram e prenderam o suspeito conhecido como o “assassino do Golden State”.

Joseph James DeAngelo, um ex-policial de 72 anos com “filhos já adultos”, nas palavras de um policial, foi identificado como o matador em série.

Ele não resistiu à prisão quando agentes bateram na porta de sua casa na cidade onde ele começou a fazer suas vítimas.

Ele, que teria amarrado, amordaçado e estuprado uma primeira mulher em junho de 1976, estava sempre de máscara.

Seus crimes eram ataques dessa natureza pelos dois anos seguintes, quando então teria assassinado um casal não muito distante do lugar onde cometeu o primeiro crime.

Depois de Sacramento, a polícia acredita que ele tenha fugido para a região de Santa Bárbara, no sul do estado, onde fez uma série de novas vítimas entre dezembro de 1979 e maio de 1986.

Semelhanças entre as táticas usadas nos ataques ali com os do norte do estado chamaram a atenção dos detetives do caso, que então desconfiaram que um mesmo homem poderia estar por trás de toda a onda de terror na Califórnia.

Décadas se passaram e seu rosto nunca foi identificado. Vítimas o descreviam como um homem forte, mas discordavam sobre a cor do cabelo, loiro para alguns e castanho escuro para outros, e dos olhos, que poderiam ser verdes, castanhos ou até azuis.

No aniversário de 40 anos de seu primeiro crime, o FBI passou a oferecer uma recompensa, o equivalente a cerca de R$ 150 mil, por pistas que pudessem levar à sua captura.

Mas o que virou o jogo na caçada ao assassino do Golden State foram as primeiras evidências de seu DNA.

Em 2001, detetives chegaram à conclusão que o homem que estuprou e matou uma série de pessoas na região de Sacramento era o mesmo que cometeu os ataques mais ao sul.