O presidente do Equador, Lenín Moreno, disse nesta sexta-feira (13) ter informação que confirma as mortes de dois jornalistas e seu motorista, que foram sequestrados no mês passado por dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Não recebemos prova de vida", disse Moreno em uma mensagem transmitida pela TV. "E lamentavelmente temos informação que confirma o assassinato dos jornalistas."
"Parece que esses criminosos nunca tiveram a vontade de entregá-los sãos e salvos", acrescentou.
Moreno anunciou ainda o lançamento de ações militares na fronteira onde a equipe foi sequestrada.
"Demos reinício às operações militares e policiais na área da fronteira que haviam sido suspensas e ordenamos o emprego imediatamente das unidades de elite das Forças Armadas e da Polícia Nacional nesse território", afirmou.
O presidente equatoriano havia deixado a Cúpula das Américas, em Lima, e retornado a seu país diante da confirmação das mortes.
Ao chegar a Quito, ele deu um ultimato de 12 horas para que os sequestradores dessem “uma prova de vida” dos profissionais.
Na quinta, um canal de TV colombiano disse que havia obtido fotos que supostamente mostravam os corpos dos três homens.
A equipe — Javier Ortega Reyes, 32, Paul Rivas Bravo, 45 e Efraín Abril, 60— estava realizando um documentário sobre a retomada da violência fronteira entre Colômbia e Equador, devido à ação de ex-guerrilheiros, que estavam atacando na região.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ofereceu cooperação total com o Equador e confirmou que operações contra os rebeldes começaram nos dois lados da fronteira.
"As Farc não existem mais. Esses são criminosos dedicados ao narcotráfico", afirmou na cúpula em Lima. "Eles sentirão a força total da lei e das nossas Forças Armadas".
Uma frente dissidente das Farc disse em comunicado que os três jornalistas estavam em seu poder e que eles morreram por conta de um ataque do Exército colombiano. Santos nega que tal ataque tenha ocorrido.
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