Morre aos 92 anos Barbara Bush, mulher e mãe de presidentes dos EUA

Informação foi confirmada pela família; causa da morte não foi divulgada

São Paulo

Barbara Bush, ex-primeira-dama dos Estados Unidos, morreu nesta terça-feira (17), aos 92 anos.

A informação foi confirmada pela família do ex-presidente George H.W. Bush, 93. A causa da morte não foi divulgada.

No domingo (15), Barbara decidiu abandonar tratamentos médicos, segundo divulgado pelo escritório do ex-presidente.

À época, um comunicado informou que em vez de tentar novos tratamentos, ela iria “focar em cuidados de conforto”. O texto não indicava a natureza dos problemas de saúde de Barbara, mas mencionava que ela havia passado por diversos episódios de internação hospitalar nas semanas anteriores.

Na ocasião, a CNN informou que Barbara sofria de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e de insuficiência cardíaca. 

Barbara foi primeira-dama durante o governo do marido, entre 1989 e 1993, e é também mãe do ex-presidente George W. Bush, 71, que governou os EUA em dois mandatos, entre 2001 e 2009.

Ela é a única mulher a ter visto marido e filho serem nomeados presidentes dos Estados Unidos.

Seu único equivalente é Abigail Adams (1744-1818), que foi primeira-dama de 1797 a 1801, na gestão de John Adams (1735-1826), o segundo presidente dos EUA, mas morreu antes da eleição à Presidência do filho John Quincy Adams (1767-1848), em 1824.

'RAPOSA PRATEADA'

Na gestão do marido, Barbara se tornou popular pela franqueza em temas difíceis e pelo senso de humor, com pendor para a autoironia.

Apelidada pela imprensa de “raposa prateada” graças à precoce coloração branca do cabelo, ela é elogiada por ter redefinido o papel de primeira-dama, em particular graças aos esforços em prol da leitura e da alfabetização.

Também ficou famoso um episódio em 1989 em que, em meio ao desconhecimento sobre as formas de transmissão da então incipiente epidemia de Aids, Barbara abraçou e beijou crianças portadoras do vírus em um orfanato.

Outro filho dela, Jeb Bush, foi governador da Flórida e desistiu das primárias republicanas em 2016, após a ascensão de Donald Trump, que seria o candidato do partido e é o atual presidente.

Barbara criticou Trump em diversas ocasiões. Em uma de suas últimas entrevistas, em 2016, ela se disse “enojada” e afirmou não entender por que as pessoas o apoiavam. “Sou mulher e não gosto do que ele diz sobre mulheres.”

Em nota, Trump declarou que “enquanto mulher, mãe, avó e ex-primeira-dama, ela foi uma defensora da família americana, responsável pelo reconhecimento da leitura como valor fundamental”.

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