Não há prova de que veneno que intoxicou ex-espião seja russo, diz laboratório

Segundo executivo, substância é de grau militar e apenas ator estatal poderia produzi-la 

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Entrada do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa, em Porton Down, na Inglaterra - Ben Stansall - 19.mar.2018/AFP
Londres | Reuters

O chefe do centro de pesquisa militar do Reino Unido que investigou o agente neurotóxico que envenenou um ex-espião no mês passado disse nesta terça-feira (3) que não foi possível provar que a substância tenha sido produzida na Rússia. 

"Fomos capazes de identificá-lo como Novitchok e identificar que é um agente neurotóxico de grau militar", afirmou Gary Aitkenhead, executivo chefe do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa em Porton Down, na Inglaterra, ao canal Sky News. 

"Não identificamos a fonte precisa, mas demos as informações científicas ao governo, que usou então um número de outras fontes para chegar às conclusões a que chegaram." 

Aitkenhead afirmou ainda que a substância requer "métodos extremamente sofisticados para ser criada, provavelmente apenas nas capacidades de um ator estatal". Mas descartou que tenha sido produzida por algum laboratório britânico.

O Reino Unido acusa a Rússia de ter produzido o agente e de ter envenenado o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha, Iulia, em Salisbury, na Inglaterra.

Moscou nega estar por trás do ataque, ocorrido no dia 4 de março. 

O caso acabou se tornando uma crise diplomática no mundo ocidental. Em apoio ao Reino Unido, os EUA e vários países europeus expulsaram diplomatas russos. Moscou respondeu com reciprocidade às ações.

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