Descrição de chapéu Coreia do Norte

Primeira-dama norte-coreana chama a atenção durante encontro com o Sul

Ri Sol-ju acompanhou o marido, o ditador Kim Jong-un, durante a cúpula com Moon Jae-in

Ri Sol Ju, à esq., esposa do ditador norte-coreano Kim Jong-Un, durante encontro em Panmunjom
Ri Sol Ju, à esq., esposa do ditador norte-coreano Kim Jong-Un, durante encontro em Panmunjom - AFP
Seul | Reuters

Ri Sol-ju viajou pela primeira vez para a Coreia do Sul há mais de dez anos, como líder de torcida de uma equipe de atletismo da Coreia do Norte. Nesta sexta (27), ela retornou para acompanhar o marido, o ditador Kim  Jong-un, no histórico encontro entre os dois países

Vestindo um conjunto rosa e de salto, ela se manteve sorrindo ao cumprimentar o presidente sul-coreano Moon Jae-in, 65, e sua mulher, Kim Jung-sook, 62.

Os quatro brindaram com taças de champanhe o sucesso da cúpula. 

A roupa de Ri contrastou com o conjunto cinza usado por Kim Yo-jong, irmã e braço-direito do ditador.

"Eu estou muito feliz que o encontro deu muito certo", disse Ri a Moon quando o grupo se encontrou no salão da Casa da Paz, construção onde os líderes conversaram, que fica do lado sul-coreano da fronteira. 

Ela depois posou para fotos ao lado dos dois líderes e da primeira-dama sul-coreana antes de deixar o local.

Diferente da cunhada, a primeira-dama norte-coreana não participou do encontro a portas fechadas entre os dois líderes, onde ocorreram de fato as negociações para a desnuclearização da península

Foi a primeira vez que a mulher de um ditador norte-coreano acompanhou o marido em um encontro com um presidente sul-coreano. Tanto o pai quanto o avô de Kim Jong-un nunca levaram suas esposas as reuniões com outros chefes de Estado.

Kim Jong-il (1941-2011), pai do atual ditador, nunca foi visto em público na companhia de nenhuma de suas mulheres.

Ri Sol-ju, por outro lado, tem sido uma presença constante na mídia oficial norte-coreana desde 2012, quando apareceu a lado do marido pela primeira vez em um evento público.

Especialistas dizem que sua presença é uma tentativa de suavizar a imagem do ditador. 

Ela costuma aparecer em fotos e eventos sorridente e maquiada, e por vezes carrega bolsas de grifes internacionais.

Apesar disso, existem poucas informações sobre sua vida.

Não se sabe com certeza, por exemplo, sua idade (28 anos, segundo algumas fontes), quando se casou com Kim —cujo nascimento também varia, conforme as fontes, entre 8 de janeiro de 1982, 1983 ou 1984— ou como foi a cerimônia.

Nem mesmo o número de filhos do casal é publico —agências de inteligência da Coreia do Sul dizem que são três crianças.

Ela chamou ainda mais atenção quando acompanhou a visita de Kim Jong-un à China no mês passado, ganhando cobertura intensa na imprensa chinesa.

Na ocasião, se encontrou com Xi Jinping, líder da ditadura chinesa, e sua mulher Ping Liyuan. Nas redes sociais, foi elogiada por usuários chineses por sua beleza e estilo.

Foi também na viagem a Pequim que a mídia oficial norte-coreana passou a se referir a ela como primeira-dama, em um sinal de prestígio —antes ela era chamada apenas de companheira ou mulher de Kim Jong-un.

O termo não era usado no país desde 1974, quando deixou de ser aplicado a Kim Song-ae, a segunda esposa de Kim Il-song, o avô do atual ditador.

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