Um protesto reuniu milhares de palestinos na fronteira entre Gaza e Israel nesta sexta-feira (13). Forças israelenses reagiram com tiros aos pneus e bandeiras queimadas pelos manifestantes, matando uma palestina de 28 anos e ferindo 163.
Com isso, chega a 31 o número de manifestantes palestinos mortos em duas semanas, desde que os protestos contra o bloqueio a Gaza começaram, em 30 de março. Nenhum israelense foi morto.
Palestinos jogaram pedras e queimaram pneus próximo ao muro que divide os territórios, onde atiradores israelenses estavam posicionados. Alguns na multidão jogaram coquetéis molotov e explosivos e tentar cruzar para Israel, segundo o Exército israelense.
Um porta-voz do Exército disse que as tropas foram confrontadas pelos manifestantes e responderam "com meios de dispersão de distúrbios e também atirando de acordo com as regras de engajamento".
As marchas são organizadas pelo Hamas, que capitaliza com a insatisfação da população que vive com fronteiras fechadas entre Israel e Egito desde 2007.
"Queremos viver como qualquer outra pessoa do mundo", afirmou Omar Hamada, 37, desempregado. "Viemos aqui para que o mundo nos veja e saiba que a vida aqui é miserável e que deve haver uma solução."
Organizadores dos protestos prometem estendê-los até 15 maio, somando seis semanas de atos. Esse dia coincide com a comemoração palestina dos 70 anos da "Nakba", ou catástrofe, quando centenas de palestinos foram deslocados em meio à violência que culminou na guerra entre o então recém-criado Estado de Israel e seus vizinhos árabes, em maio de 1948.
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