Descrição de chapéu Venezuela

Cerca de 10 mil venezuelanos pediram residência no Brasil em 50 dias, diz PF

Alimentado por crise humantária, número equivale a 20% das solicitações desde 2015

Mulher com avental branco, camiseta roxa e boné da mesma cor com uma touca higiênica mexe com uma conha uma panela para entregar comida para uma mulher de blusa preta, que estende um prato de plástico azul com arroz, feijão e verduras; atrás dela, dois adolescentes e outra mulher, também com pratos de comida, esperam a sua vez
Grupo de venezuelanos faz fila para receber comida em abrigo em Manaus - Bruno Kelly - 4.mai.18/Reuters
São Paulo

A Polícia Federal informou nesta terça-feira (22) que 10.079 venezuelanos deram entrada em sua regularização no país desde 1º de abril, o equivalente a 20% dos pedidos de cidadãos do país caribenho nos últimos três anos.

A cifra, porém, representa um quinto das cerca de 50 mil pessoas vindas do vizinho que entraram no Brasil desde 2016 por Roraima, que está em emergência social e recebe ajuda federal para lidar com o fluxo migratório.

Segundo o departamento, desde 2015 38.567 venezuelanos solicitaram a legalização no Brasil, das quais 29.202 na modalidade de refúgio, 9.466 residência e 9.978 agendamentos para a realização de um desses trâmites.

O crescimento é registrado após o governo federal ter flexibilizado as regras de documentação para os venezuelanos que pedem a residência temporária no país, assim como as normas para a residência permanente.

Os números foram revelados pelo coordenador-geral de polícia de imigração da PF, Alexandre Patury, em reunião do Comitê Federal de Assistência Emergencial, órgão criado para lidar com a crise na fronteira com a Venezuela.

Em nota, o Ministério da Casa Civil informou que será instalado um centro de triagem na fronteira em Pacaraima (RR) para acelerar a regularização dos venezuelanos, vaciná-los e oferecer tratamento médico.

A medida causa preocupação de organizações pró-migração e de direitos humanos pelo risco de que a estrutura seja usada como uma forma de impedir o acesso das pessoas que fogem da crise humanitária no país vizinho.

Nas contas do ministério, há de 4.000 a 7.000 refugiados em condição de vulnerabilidade. Desde abril o governo federal também transportou cerca de mil venezuelanos para outros estados, como Amazonas e São Paulo.

Com informações da AFP

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