Um palestino morreu e 141 ficaram feridos, dez em estado grave, nesta sexta-feira (11) em novos confrontos com as forças de Israel na fronteira com a faixa de Gaza, chegando a 44 o número de mortos em três semanas.
Segundo o Ministério da Saúde do território palestino, o morto, um homem de 40 anos, foi baleado por um soldado israelense em Khan Younis, no sul de Gaza. Outros cinco manifestantes foram atingidos por disparos no local.
Houve confrontos em outros quatro pontos da divisa. Na maior parte deles, os militares usaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que atiraram pedras e coquetéis molotov enquanto tentavam chegar à fronteira.
Testemunhas afirmam que os israelenses derrubaram com um drone as pipas incendiárias usadas pelos palestinos para distrair as tropas. O Exército israelense afirma que a reação ocorreu conforme as regras de combate.
Para eles, os manifestantes são violentos, queimam pneus e atiram pedras. “Nós não permitiremos nenhum dano à estrutura de segurança ou a cerca de segurança e continuará a defender e garantir a segurança dos cidadãos.”
A ONU e a União Europeia pediram investigações independentes da atuação militar. Nesta sexta, a ONG Save the Children afirmou que ao menos 250 crianças de Gaza foram atingidas por munição letal nos confrontos.
O Estado judaico é acusado de usar violência excessiva na repressão à chamada Grande Marcha do Retorno, série de atos palestinos para lembrar os 70 anos da criação de Israel, chamada por eles de Nakba (catástrofe).
Os organizadores esperam que dezenas de milhares de palestinos acampem na região até terça-feira (15), dia do aniversário. A manifestação coincidirá com a transferência da embaixada americana em Israel para Jerusalém.
Por outro lado, autoridades de Gaza afirmam que o Egito reabrirá de sábado (12) até terça a fronteira com Gaza. A passagem ficou fechada nos últimos meses, isolando e agravando a crise humanitária no território palestino.
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