Ex-espião informou autoridades europeias sobre atividades russas

Serguei Skripal atuou por pelo menos dez anos antes de ter sido envenenado, diz mídia

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Imagem de câmera de segurança mostra o ex-espião russo Sergei Skripal em loja em Salisbury, na Inglaterra
Imagem de câmera de segurança mostra o ex-espião russo Sergei Skripal em loja em Salisbury, na Inglaterra - 27.fev.18/AFP
 
São Paulo e Berlim | Reuters

O ex-espião russo Sergei Skripal fez apresentações a autoridades de inteligência da União Europeia e dos EUA nos últimos anos, informaram nesta segunda-feira (14) os jornais The Guardian e The New  York Times, afirmando que esta pode ter sido o motivo pelo qual ele tenha sido envenenado.

Pelo menos nos últimos dez anos anos, Skripal deu palestras regulares em universidades, academias militares e outros grupos interessados em inteligência, tanto na Europa quanto nos EUA. 

De acordo com a revista tcheca Respekt, Skripal esteve em Praga em 2012, quando informou autoridades sobre os métodos de espionagem russas. Espiões tchecos também se encontraram com Skripal no Reino Unido pelo menos uma vez, informou a revista, citada pelo Guardian. 

Segundo o NYT, ele esteve na Estônia em 2016 e viajava com muita frequência para vários países, em viagens provavelmente aprovadas pelo governo britânico.

Skripal e sua filha Iulia foram envenenados pela substância neurotóxica Novichock em Salisbury, na Inglaterra, em março. O Reino Unido acusa a Rússia de estar por trás do envenenamento, mas o Kremlin nega.

Em Berlim nesta segunda, o chefe do MI5, serviço de inteligência britânico, Andrew Parker, acusou o Kremlin de "violações das regras internacionais" e disse que o ataque contra os Skripal era um exemplo das "atividades malignas" da Rússia que ameaçam transformar o país em um "pária".

"Mentir descaradamente parece ser o modo padrão [russo], aliado ao ridículo dos críticos", afirmou. 

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